Trata-se de uma Pesquisa Colaborativa junto aos professores das escolas de ensino médio de Cuité-PB
“A pesquisa colaborativa no âmbito escolar é um trabalho coparticipativo de interação entre pesquisador externo e professor ou grupo de professores, num processo de estudo teórico-prático que envolve constante questionamento e teorização sobre as práticas e teorias que norteiam o trabalho docente (BORTONI-RICARDO apud GASPAROTTO; MENEGASSI, 2016, p. 950)”.
Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/39571-166191-1-PB.pdf. Acesso: 24/06/2020 às 17:05.
O que é Pesquisa Colaborativa? DESGAGNÉ (2007, p. 8) responde: “A idéia [sic] de colaboração entre pesquisadores e docentes práticos, para a construção de conhecimentos ligados ao ensino, provém da constatação do distanciamento existente entre o mundo do exercício profissional e o da pesquisa que pretende esclarecê-lo”. São “pesquisas em que os dados são gerados cooperativamente e a construção de conhecimentos é realizada a partir da participação ativa dos integrantes em prol de transformações na realidade” (IBIAPINA; BANDEIRA; ARAUJO, 2016, p. 34). Assim, a pesquisa colaborativa supõe a co-construção de um objeto de conhecimentos entre pesquisador e docentes
Junto aos professores/sujeitos da pesquisa, buscamos responder:
A programação televisiva pode ser utilizada como instrumento educativo?
Como o educador pode utilizar-se dos desenhos animados em suas aulas?
Ao assistir desenho animado em casa, com orientação prévia do educador na sala de aula, o aluno pode aprender em seu momento de lazer?
Os desenhos animados, presentes no cotidiano dos jovens, podem ser utilizados na sala de aula?
Se nossa comunicação é imagética, permeada de imagens, então não podemos desconsiderar o papel que ela - a imagem - tem no Ensino. Não apenas exibindo imagens aos alunos, mas, enquanto professores-mediadores, oferecer subsídios para o desenvolvimento da criticidade do alunado. Como Freire (1996) sugere, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (1996, p. 47).
Assim, há a necessidade de considerarmos a realidade que nossos alunos vivenciam em seu cotidiano: “Como educador preciso ir “lendo” cada vez melhor a leitura do mundo que os grupos populares com que trabalho fazem de seu contexto imediato e do maior de que o seu é parte” (FREIRE, 1996, p. 81). Seja um filme que os alunos tanto comentam, ou aquela série que está na moda, ou ainda aquela animação que assistiram antes da aula, ficar desatualizado é ficar para trás, é não entender o que tanto os alunos comentam pelos corredores escolares. Trazer esses assuntos para dentro do contexto didático é oferecer um universo de possibilidades de aprendizagem e que podem servir de atrativo para a aula.
Dessa forma, os Desenhos Animados, como recurso didático, são uma ferramenta que pode proporcionar uma interação entre educadores e educandos e, assim, possibilitar uma dinamização educacional no ambiente acadêmico e na vivência social, com estímulo ao pensamento crítico geográfico de forma lúdica.
Assim, a presente pesquisa visa trazer uma ampla discussão quanto a determinados assuntos itinerantes ao bojo de Desenhos Animados, ao passo que chamará a atenção dos professores e alunos a esse recurso didático, proporcionando diversão, desenvolvendo por meio do ensino da Geografia múltiplas formas de aprendizagem bem como o gosto por essa área, dando espaço ao conhecimento através da mídia de forma crítica e reflexiva.