Desenhos com classificação restrita
Os Desenhos Animados com classificação restrita não são indicados para crianças, tendo classificação a partir de 16 anos, e geralmente com conteúdo sexual, violência, uso de drogas lícitas ou ilícitas, palavras de baixo calão, e linguagem inapropriada para o público infantil, por isso não é recomendável para se trabalhar com os alunos do Fundamental II, principalmente nos anos iniciais. O professor deve ter cautela e assistir previamente o episódio escolhido e analisar se há alguma cena que o deixará constrangido durante a aula, mesmo que para o Ensino Médio, para que não se sinta desconfortável.
Estes desenhos são recomendados para se trabalhar com o público adulto, por conter temáticas relevantes e que instigam interesse, de fácil captação, muitas vezes com o humor irônico e cheio de sátiras nos conteúdos que estes abordam, levando temas sérios e do cotidiano para uma abordagem cômica e ilustrativa.
(Des)Encanto
O segundo episódio da primeira temporada (Figura 6), Por quem o porco grunhe, tem 28 minutos de duração e conta sobre a tentativa de Bean em evitar seu casamento, livrando-se do noivo indesejado com um plano que envolve festa e sereias. Enquanto isso, o rei Zog tenta transformar o sangue do Elfo em poção para imortalidade. O professor, ao trabalhar Sistemas Econômicos, pode exibir o episódio e pedir que os alunos levantem elementos e características que o desenho traz, mostrando como era o Feudalismo e transição para o Capitalismo Comercial, com reinos e feudos, camponeses, pirataria. Os alunos podem buscar outros desenhos ou filmes que trazem esse mesmo cenário e vestuário para debate em sala de aula.
BoJack Horseman
O episódio 3 (Figura 7), da primeira temporada – A filha pródiga, tem 26 minutos de duração e traz em seu enredo uma personagem que trabalhou no programa televisivo em que o lançou BoJack ao estrelato, mas o programa foi extinto. A Sarah Linn era a mais jovem das três crianças que trabalhavam na série televisiva. A criança cresceu e se tornou uma mulher com sério problema e dependência em drogas e álcool. Além de uma aula sobre malefícios que o uso de drogas pode ocasionar ao indivíduo, o professor pode trabalhar sobre os malefícios que são gerados na economia e segurança, além da indústria cultural que emprega muita propaganda e do capitalismo que induz ao consumismo, possibilitando diversas atividades e debates para serem feitos em sala de aula.
F Is for Family
No início do segundo episódio (Figura 8) da segunda temporada, a Sue se lembra de quando era solteira e tinha o sonho de cursar faculdade. Ela está cansada de seu emprego, sem reconhecimento e com clientes que tratam mal, fazendo malabarismo entre as entregas e a vida doméstica. Enquanto isso, Frank tenta reaver seu emprego como supervisor de bagagens no aeroporto, mas é substituído. O professor pode trabalhar o estilo de vida da década de 1970, eventos ocorridos no período, bem como relações trabalhistas e mudanças ocorridas com a Reforma da Previdência, provando debate e indagações entre os alunos.
Rick and Morty
No 8º episódio (Figura 9), da primeira temporada, com 22 minutos de duração, disponível na Netflix, inicia com Rick frustrado com a programação televisiva e instala um serviço a cabo que projeta atrações de outras dimensões com infinitos canais. A família se empolga com as inúmeras possibilidades, uso de óculos de simulação real de projeções futuras e vidas alternativas. O professor de Geografia pode abordar com a turma sobre a indústria cultural e o universo televisivo, o poder das propagandas e como os programas podem influenciar as pessoas. O desenvolvimento tecnológico e sua utilização pode ser outro assunto abordado, fazendo uma linha do tempo com a turma de aparelhos e suas evoluções no decorrer das décadas, dividindo os alunos em grupos e aparelhos, para que sejam apresentados em sala.